Permanecer parado num mesmo lugar somente faz sentido quando temos estradas que nos levem dali. Quando elas não existem, esse lugar não passa de uma prisão; quando existem, todavia, chama-se lar. São as estradas que determinam o que cada lugar nos representa: se a construção de uma vida, ou o início de uma outra.
Estradas são como artérias que conduzem sangue a diferentes órgãos, que os abastecem de oxigênio, que explicitam a dependência entre eles. Estradas nos fazem ver a nossa pequenez enquanto homens e a nossa força enquanto espécie – maiores, talvez, que a nossa própria capacidade de aceitá-las. Nos unem, nos integram, e mostram também a imensa solidão em que vivemos, todos interligados e todos tão distantes, através de estradas que construímos, mas que somos incapazes de percorrê-las por completo.
Às vezes, estradas nos levam somente a horizontes, a lugares que não vemos. Prosseguimos somente na fé de que chegaremos lá, no outro lado. E nem sempre elas nos oferecem escolhas, pois não passam de longas retas de duas pistas: ou seguimos em frente, ou voltamos. Ao lado, paisagens intransigentes que se alteram devagar, escorrendo por entre os dedos sem que possamos gravá-las em nossas memórias.
Então, ficamos entre permanecer no mesmo lugar ou ir a outro. E é quando decidimos conhecer o mundo que passamos a nos sentir deveras sós. Porque embora haja muitos lugares, a quantidade de estradas é infinitamente maior. E é quando sentimos que, apesar dos nossos esforços, não chegamos a lugar algum, que percebemos que as estradas se tornaram, enfim, nosso verdadeiro lar.
Estradas são como artérias que conduzem sangue a diferentes órgãos, que os abastecem de oxigênio, que explicitam a dependência entre eles. Estradas nos fazem ver a nossa pequenez enquanto homens e a nossa força enquanto espécie – maiores, talvez, que a nossa própria capacidade de aceitá-las. Nos unem, nos integram, e mostram também a imensa solidão em que vivemos, todos interligados e todos tão distantes, através de estradas que construímos, mas que somos incapazes de percorrê-las por completo.
Às vezes, estradas nos levam somente a horizontes, a lugares que não vemos. Prosseguimos somente na fé de que chegaremos lá, no outro lado. E nem sempre elas nos oferecem escolhas, pois não passam de longas retas de duas pistas: ou seguimos em frente, ou voltamos. Ao lado, paisagens intransigentes que se alteram devagar, escorrendo por entre os dedos sem que possamos gravá-las em nossas memórias.
Então, ficamos entre permanecer no mesmo lugar ou ir a outro. E é quando decidimos conhecer o mundo que passamos a nos sentir deveras sós. Porque embora haja muitos lugares, a quantidade de estradas é infinitamente maior. E é quando sentimos que, apesar dos nossos esforços, não chegamos a lugar algum, que percebemos que as estradas se tornaram, enfim, nosso verdadeiro lar.
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