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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Velhas paralíticas,
estupefadas de saudade,
não lembram de que,
mortal saudade
de tudo que deixaram...

Agora é tarde.
Agora acabou aquela tarde.

E veio a noite,
ainda mais noite do que a noite,
a noite ingerida,
sufocada,
reprimida,
que agora salta,

toma conta,
quer tomar voz,
confessar segredos tórridos.

Velhas paralíticas,
doidas de pesar.
Velhas imaturas.
Almas desgastadas,
inválidas.

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