Depois de tantas propostas ridículas para o Vagabundos, exponho-vos o poema Senhas, da gaúcha Adriana Calcanhoto, para relembrarmos nossas origens e filosofias mais cruas:
Eu não gosto do bom gostoEu não gosto de bom sensoEu não gosto dos bons modosNão gostoEu aguento até rigoresEu não tenho pena dos traídosEu hospedo infratores e banidosEu respeito conveniênciasEu não ligo pra conchavosEu suporto aparênciasEu não gosto de maus tratosMas o que eu não gosto é do bom gostoEu não gosto de bom sensoEu não gosto dos bons modosNão gostoEu aguento até os modernosE seus segundos cadernosEu aguento até os caretasE suas verdades perfeitasO que eu não gosto é do bom gostoEu não gosto de bom sensoEu não gosto dos bons modosNão gostoEu aguento até os estetasEu não julgo competênciaEu não ligo pra etiquetaEu aplaudo rebeldiasEu respeito tiraniasE compreendo piedadesEu não condeno mentirasEu não condeno vaidadesO que eu não gosto é do bom gostoEu não gosto de bom sensoNão, não gosto dos bons modosNão gostoEu gosto dos que têm fomeDos que morrem de vontadeDos que secam de desejoDos que ardem, dos que ardem.
3 comentários:
O Diego está querendo construir uma espécie de "memória coletiva" para o blog.
O problema é que estou estudando isso, meu trabalho de conclusão tratará de tais construções históricas. Logo, dizer que tal poema "relembra nossas origens e filosofias mais cruas", para mim não cola.
O poema pode ser bom (e realmente é), mas não foi escrito por nenhum de nós, para podermos dizer que "relembra nossas origens". E mais: não tem nenhuma referência à CERVEJA, nosso principal fator de união!!!
Rodrigo;
Vai tomar nesse teu cú!
Abraço!
Diego!!!
gosto muito dessa musica,
estamos te esperando em janeiro, viu...
bjo
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