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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

De volta, Vagabundos!

Depois de tantas propostas ridículas para o Vagabundos, exponho-vos o poema Senhas, da gaúcha Adriana Calcanhoto, para relembrarmos nossas origens e filosofias mais cruas:
Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Não, não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem, dos que ardem.

3 comentários:

Anônimo disse...

O Diego está querendo construir uma espécie de "memória coletiva" para o blog.
O problema é que estou estudando isso, meu trabalho de conclusão tratará de tais construções históricas. Logo, dizer que tal poema "relembra nossas origens e filosofias mais cruas", para mim não cola.
O poema pode ser bom (e realmente é), mas não foi escrito por nenhum de nós, para podermos dizer que "relembra nossas origens". E mais: não tem nenhuma referência à CERVEJA, nosso principal fator de união!!!

D disse...

Rodrigo;

Vai tomar nesse teu cú!

Abraço!

Ju Bueno disse...

Diego!!!
gosto muito dessa musica,
estamos te esperando em janeiro, viu...

bjo