Era uma daquelas noites frias, mas de pouco sono.
O casaco sobre o corpo bastava para mantê-lo aquecido, e o vinho na mão fazia seus pensamentos transgredirem enquanto ia e vinha da varanda ao pasto do quintal que se misturava no horizonte ao das demais colinas.
Entrava,
servia mais vinho,
se aquecia junto ao fogo,
afagava o cachorro,
e voltava para a rua,
com vapor a sair pela boca,
os dedos a entorpecer pelo vento,
o corpo a encolher por entre os braços,
a vista a vagar por entre o céu absurdamente estrelado,
e os campos escuros a esconder passados,
memórias,
e amores.
2 comentários:
Imagem perfeita para o poema.
Linda imagem de céu absurdamente estrelado. Lindo poema que mais uma vez retrata noites insones de maneira encantadora.
Adorei!
Um abraço,
pri
Parabens pelo blog!
Achei a ideia excelente!
Inte
Postar um comentário