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terça-feira, 9 de junho de 2009

Noite Campesina

imagem: Google Imagens

Era uma daquelas noites frias, mas de pouco sono.

O casaco sobre o corpo bastava para mantê-lo aquecido, e o vinho na mão fazia seus pensamentos transgredirem enquanto ia e vinha da varanda ao pasto do quintal que se misturava no horizonte ao das demais colinas.


Entrava,
servia mais vinho,
se aquecia junto ao fogo,
afagava o cachorro,
e voltava para a rua,

com vapor a sair pela boca,
os dedos a entorpecer pelo vento,
o corpo a encolher por entre os braços,
a vista a vagar por entre o céu absurdamente estrelado,


e os campos escuros a esconder passados,
memórias,

e amores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Imagem perfeita para o poema.
Linda imagem de céu absurdamente estrelado. Lindo poema que mais uma vez retrata noites insones de maneira encantadora.
Adorei!

Um abraço,

pri

Unknown disse...

Parabens pelo blog!
Achei a ideia excelente!
Inte