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quarta-feira, 15 de julho de 2009

A HISTÓRIA DO ROCK N' ROLL - PARTE 1

Entendendo ter sido pouca a minha contribuição a respeito do Dia Mundial do Rock, no última dia 13 de Julho, vou me intrometer a postar no dia que não me cabe, mas é por uma bela causa.

Dar-me-ei a liberdade de fazer uma postagem um pouco grande para retratar nossa arte maior em suas sucessivas gerações. Obviamente não será uma incursão detalhada e criteriosa, mas apenas um embarque numa viagem do tempo para sentir o gosto de cada período do rock.


As raízes do Rock estão intimamente ligadas à música negra. No final da década de 40, com o término da segunda grande guerra, um ritmo novo é chegado às radios, o "rhythm and blues". Derivado direto do blues, o ritmo marca um novo gênero musical, que seria o principal predecessor do Rock N' Roll. O folk e o country também influenciaram rockeiros que vieram a ser ícones da música popular norte-americana posteriormente, como Bob Dylan e Neil Young.

Aqui vai um som do Muddy Waters, um dos expoentes desse novo blues da década de 40. Acompenhe o relato de Paul Friedlander sobre o músico: "o falecido Muddy Waters, um apanhador de algodão e cantor de blues rural do Mississipi, formou uma importante banda de blues em Chicago no final dos anos 40. Bateria, baixo, uma guitarra rítmica e um piano formavam a seção rítmica básica, ou o "núcleo" da banda. Uma guitarra base e harmônica eram acrescentadas como instrumentos solo. Essa formação básica tornou-se modelo para as bandas de rock moderno e, mais tarde, para os roqueiros clássicos que adaptaram este formato de conjunto (ou grupo)".




A década de 1950, a seguir, é a década dos rockeiros clássicos, os que escancaram as portas das gravadoras e todo o cenário músical norte-americano com um novo ritmo, o Rock N' Roll. Uma música voltada para a juventude. É o que relatam Steve Chapple e Reebe Garafalo: "Nos anos 50, o Rock N' Roll atacou, quase diretamente, muitas das instituições que ajudavam a controlar os jovens... Durante os anos de autoritarismo silencioso do governo Eisenhower, a maneira sugestiva de se comportar no palco, os vocais guturais e as letras de duplo sentido do Rock N' Roll foram vistos como ataque à decência sexual e à família estável. O Rock N' Roll encorajou a separação da juventude do controle familiar". Ou ainda o que dizem Don Hibbard e Carol Kaleialoha: "Combine um formato de canção popular tradicional européia com um ritmo irregular afro-americano, uma ejaculação vocal e/ou instrumental para quebrar ou distorcer a melodia, e, em 1955, você tem um som novo".

Aqui vão dois sons que marcam essa época. Chuck Berry e Little Richard:




Logo a seguir, no final dessa mesma década de 1950, surge uma segunda geração, que deixou o Rock N' Roll um ritmo mais comercial. Os negros perdiam espaço para a chegada de Elvis Presley e os músicos dessa geração. Foi essa "embranquecida" no Rock N' Roll que tirou um pouco da visão rebelde do novo ritmo na convervadora sociedade norte-americana. E foi assim que o Rock explodiu em vendas em todo os Estados Unidos, consagrando de vez o novo ritmo. Façamos referência a dois nomes importantes desse período: o já referido Elvis Presley e Jerry Lee Lewis.



(continuo Domingo)

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