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domingo, 26 de julho de 2009

A HISTÓRIA DO ROCK N' ROLL - PARTE 3

[Parte 1]
[Parte 2]


Sexo, drogas e Rock N' Roll. Os Rolling Stones "chutaram o balde" da sociedade estabelecida e construíram com todas as letras seu lema maior. Os amigos de infância Mick Jagger e Keith Richards formaram o grupo de rock mais atuante e provocante da história. Contemporâneo dos Beatles, dividiam o topo das paradas de sucesso da época.

Não se trata de antigos bons moços da classe média, como os Beatles. Os Stones saíram do subúrbio de Londres. Apreciadores dos velhos rockeiros clássicos da música negra, resolveram formar uma banda que colocasse em prática novamente o velho espírito do blues e do rock n' roll da década de 50. A "música selvagem" dos stones, como afirmava o pai de Jagger, foi a propulsão para uma juventude que se libertou completamente de qualquer escrúpulo moralista que havia até então. A missão da banda, contudo, era provocar uma revolução apenas para si próprios. É o que se extrai das palavras de Jagger: "a força impulsionadora dos Stones era nos tornarmos famosos, pegar um monte de garotas e ganhar um monte de dinheiro, isso e a idéia de ter nossa música tocada da melhor forma que pudéssemos". A banda foi liderada por Brian Jones até metade da década de 1960. Jovem de extrema rebeldia e muita habilidade musical, foi afastado oficialmente da banda pelo uso excessivo de drogas em 1969, e acabou morrendo sob misteriosas circunstâncias na piscina de sua mansão poucos dias após seu afastamento.

Os Stones são um caso raro de uma banda que conseguiu sobreviver ao tempo e ao ego de seus integrantes. Sucesso de vendas no mundo inteiro, é uma das maiores bandas de rock n' roll de todos os tempos. Resgataram o espírito transgressor dos negros do rock clássico e do blues, o que fez da banda um expoente do rock também enquanto contra-cultura. Aliado com as transformações da década de 60, especialmente a libertação sexual, os integrantes da banda foram deixando de ser vistos como transgressores para se tornarem um símbolo do prazer imediato: Satisfaction! De vilões a heróis!

Em suma, os Stones estavam preocupados apenas consigo mesmos. Mas, o que um grupo de jovens pobres da periferia pensaria senão apenas em si próprios para sobreviver? É apenas Rock N' Roll.




Nesta mesma linhagem britânica, surge uma tempestade chama The Who. Talvez a banda mais completa do período, fizeram o rock mais agressivo da década de 1960. Com apresentações de uma força monumental, foram os grandes meninos maus daquele contexto. Paul Friedlander os descreve com precisão: "Por suas apresentações ao vivo, o Who sempre foi considerado um dos mais vibrantes e divertidos grupos da história do rock. Mesmo quando comparado com as apresentações de hard rock dos anos 70, com suas demonstrações de proezas atléticas, cargas explosivas e energia frenética, o Who se sai bem. Naquela época, os Beatles balançavam suas cabeças de um lado para outro e os Rolling Stones vendiam sexo e espetáculo". Embora o The Who fosse o mais vibrante, por outro lado, foi a primeira grande banda de rock a se preocupar com as questões filosóficas e sociais de seu tempo. Ignorando a tradição de letras superficialmente juvenis e sem muito apelo à realidade social dos grupos de até então, estes britânicos pensaram "sua geração" como nenhum outro rockeiro tinha feito. Remete-mo-nos à Paul novamente: "O incrível poder das apresentações ao vivo do Who ofuscava o material extraordinariamente reflexivo e musicalmente interessante que o guitarrista-compositor Pete Townshend compôs durante os vinte e cinco anos de existência da banda. Dos três principais grupos da invasão inglesa - os Beatles e os Rolling Stones sendo os outros dois - o Who enfrentava as questões políticas e filosóficas do momento. Para Townshend, um bom rock era aquele que refletia preocupações sociais importantes e servia como um poderoso veículo de ideias".



(E fico por aqui...)

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